Diário de uma Bailarina: Um sopro de inspiração em uma falta de ar coletiva

Aos bailarinos desse mundo:

Quantas vezes você já ouviu alguém dizer que ballet é fácil? Ou já viu alguém fazendo um rodopio com os braços em 5ª posição imitando sarcasticamente o que se imagina ser o único passo importante no ballet clássico? Quantas vezes alguém não lhe questionou o que você realmente queria fazer da sua vida, mesmo você já tendo respondido que era dançar?

É, ser bailarina(o) não é fácil. Além das dificuldades atreladas à construção de uma carreira na arte, bailarinos enfrentam ainda o preconceito, a desvalorização e a ignorância por parte daqueles que não sabem reconhecer a profundidade que a dança alcança.

Ser bailarina(o) não é apenas colocar um tutu rosa, dar giros e saltitos, fazer um coque no cabelo e utilizar uma sapatilha no pé. Fazer ballet não é apenas um passatempo para as horas vagas, ou uma atividade para manter as crianças ocupadas; dançar não é sinônimo de facilidade ou recreação.

Ser bailarina(o) é uma árdua escolha para o futuro. O ato de dançar não se traduz pura e simplesmente na biomecânica do corpo, como também se baseia na essência com que cada indivíduo se entrega à arte. A dança é a expressão da alma através do corpo, é a impossibilidade de se conter o amor pela arte do movimento. Já o ballet clássico se faz presente como uma modalidade, entre as diversas existentes, a qual abrange uma série de nomenclaturas, passos, interpretações, histórias, dores e sentimentos.

Aqueles que escolhem a dança como profissão devem se preparar para enfrentar obstáculos em sua trajetória, tais como: o padrão de corpo estipulado, os baixos salários, a pouca oferta de emprego, as lesões frequentes, a competitividade acirrada, o gasto exorbitante com materiais de dança, as inúmeras horas de ensaios para cada minuto no palco, o overtraining, entre outras dificuldades.

Contudo, não perca a esperança nunca! Foque nas recompensas que a dança lhe oferece. Seja sincero, há algo mais prazeroso do que ser aplaudido de pé após uma apresentação?

De ter o seu esforço reconhecido? De ver o brilho no olhar de alguém que acabou de te ver dançar? De perceber que alguém se orgulha ao notar o quão realizada você se sente? Não, não há… Esses curtos momentos de recompensa fazem TUDO valer a pena.

Então, você, bailarina ou bailarino, dançarina ou dançarino, apreciador da arte da dança… não pense que o sucesso futuro não pode ser alcançado só porque o caminho é árduo. Tudo nessa vida depende da escolha que você faz e até aonde você se permite ir para realizar um sonho. Não se entregue, não se desespere e acima de tudo, se você ama o que faz, NUNCA desista.

Por Thaís Cabral

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